Um cravo vermelho eu colhi pelas maõs de Capitães de Abril!
Num campo de trigo espalhado , livremente, ali criado!
Cheirava a Liberdade! Um cheirinho muito bom! Sensacional!
E com ele escrevi à minha vontade nos jornais e nas revistas!
O poema da minha e da tua liberdade !
Sem censura
Sem limite e agora infinitamente livre de pensar e exclamar!
De dizer o bem e o mal
O correcto e o incorrecto
O justo e o injusto
Tenho agora comigo finalmente a voz da minha poesia e da vida
De uma não irada vida!
Uma vida livre , sempre viva e livre
Com ela quero continuar a colher e a ver
Uma mão cheia de Amor , de Paz e Alegria!
De um dia ser finalmente
Uma mulher feita de Liberdade!
E
Como a Liberdade
Quero ser Eu e sempre estar !
Enquanto nesta Terra de Abril , Eu Viver!